segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Trilho do Rio Dinha - Tondela - Mosteiro de Fráguas

O percurso pedestre Trilho do Rio Dinha é realizado pela primeira vez no dia 25 de setembro de 2011. O trajeto utilizado foi desenhado em colaboração com as 4 freguesias envolvidas: Tondela, Nandufe, Canas de Santa Maria e Mosteiro de Fráguas.
Dos 4 percursos pedestres Trilhos ao Tom d'Ella com início na cidade, previamente projetados em Janeiro de 2011, este é o único com saída no portão do lado norte do Parque Urbano sendo a sua direção totalmente orientada para esse ponto cardeal, sempre muito próximo das margens do rio Dinha.
Saindo da cidade de Tondela é um percurso que inicialmente estava previsto com cerca de 11 Kms mas foi redesenhado para os 12,5 Kms.
O trajeto contempla locais únicos e de rara beleza, tais como as margens do rio Dinha entre Tondela e Nandufe, a praia fluvial em Nandufe, a zona envolvente a Santa Ovaia e as passagens "poldras" sobre o rio Dinha no Portodinho. Já em Mosteiro de Fráguas são visitados lugares como a praia fluvial e o santuário do Sr. dos Aflitos, local onde é realizado o almoço-convívio acompanhado de animação com folclore.

O valor da inscrição é 6,00 € com almoço e 3,00 € sem almoço. Inclui em qualquer das opções, as sessões de aeróbica e de saúde, lembrança de participação, reforços de água e fruta e transporte de regresso ao Parque Urbano de Tondela. O almoço é constítuido por caldo verde, porco no espeto com arroz de feijão, bebida e sobremesa.
E poderão ser efectuadas nas Juntas de Freguesia mencionadas, bem como no endereço: http://www.adrt.pt/
 
 

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NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Um pouco da Históra de Fráguas

Distando cerca de 7 km da sede do concelho de Tondela, a freguesia de Mosteiro de Fráguas engloba os lugares de Fráguas, Mosteiro e Ribeiro. Os seus habitantes, em maioria, encontram no trabalho industrial; na agricultura, produzindo milho, batata, vinho, fruta, nas terras banhadas pelo rio Dinha, afluente do Dão; na construção civil e no comércio a base de suporte da sua economia.
O orago da freguesia é o Divino Salvador, celebrado anualmente no início de Agosto.
Do passado da freguesia pouco se sabe mas, durante a remodelação da Igreja de S. Salvador, foi descoberta uma árula que conservava ainda hoje, duas linhas de inscrição primitiva, que deve datar dos finais do século I ou inícios do II, remontando a origem desta povoação pelo menos até à ocupação Romana. A mais antiga documentação escrita relativa a Mosteiro de Fráguas data de 1111 e é uma carta ou escritura de venda, na qual D. Goda Eitaz vende ao Bispo de Coimbra, D. Gonçalo, a sua parte na "villa" de Fráguas com a de seu irmão Eita, de 1129 existe uma outra carta de venda de uma herdade em "Fravegas", feita por Pedro Leovigildo e demais familiares a D. Bernardo, Bispo de Coimbra, junto ao Mosteiro de S. Salvador, "abaixo do Monte Alcoba, rerritório de Coimbra". Nas Inquirições de 1258 aparecem várias referências ao "monasterio quod vocatur de Fravegas" e, nas de 1288 aparece também a "parochia Sancti Salvatoris de Fravegas". Da análise das Inquirições de 1258 deduz-se que a terra não era privilegiada e imune, apesar da existência do "Mosteiro". Os homens do Mosteiro pagavam voz e coima e quando convocados, deviam desloca-se ao "concilium" a Molelos, sob pena de poderem comparecer a juízo. Mosteiro de Fráguas foi da apresentação do Bispo, no antigo concelho de Besteiros. Nas Inquirições de D. Afonso III é referido que D. Pedro, Bispo de Viseu, se apodera da igreja pela força. No século XIV à semelhança do que aconteceu noutras freguesias da região, começaram a surgir os grandes donatérios: D. Henrique Manuel de Vilhena, Conde de Seia, Martin Vasques da Cunha, o Infante D. Henrique e D. Manuel de Vilhena, conde de Beja e futuro D. Manuel I que, por sua vez a doou a D. Diogo Pereira, segundo Conde da Feira.
O lugar de Ribeiro tira a sua designação do Ribeiro do Dinha, que a estrada transpõe sobre uma ponte de forte pedraria, com dois grandes arcos e pilar de talhamar.
A igreja de Mosteiro de Fráguas é formada de uma só nave e possui um campanário, de feição arcaica, com recorte quadrangular onde se abrem duas sineiras debruadas a meia altura por cornija em volta, no seu interior existe um vasto conjunto de quadros, alguns deles do século XVII e XVIII, como é o caso do S. Pedro e o S. João Baptista.
Em Fráguas existe o solar dos Calheiros Bandeira, com fachadas de estilo rústico antigo, do seu terreiro ergue-se o padrão senhorial, símbolo dos antigos privilégios. Nele esteve refugiado Dom António, Prior do Crato, e foi ainda palco de vários outros momentos relevantes da nossa história. O imóvel é um edifício emblemático para a região, e isto por ser um espécime característico, bem conservado da arquitectura civil do Século XVIII é o monumento mais remoto da origem do apelido português Bandeira, e dessa antiga família originária da região, documentado que foi como solar de Gonçalo Pires Bandeira, Herói da Batalha do Toro (Ano de 1476), tem reconhecido valor como testemunho histórico identitário da antiga e medieval Terra de Besteiros.