Por deliberação da Assembleia de Freguesia, a Freguesia de Mosteiro de Fráguas, encontra-se de luto por tempo indeterminado, como forma de protesto pela aprovação da Reorganização Administrativa do Território, criada pela Lei n.º 22/2012, de 30 de maio.
Lei que em nada beneficará a nossa freguesia e seus habitantes, muito pelo contrário.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
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NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
Um pouco da Históra de Fráguas
Distando cerca de 7 km da sede do concelho de Tondela, a freguesia de Mosteiro de Fráguas engloba os lugares de Fráguas, Mosteiro e Ribeiro. Os seus habitantes, em maioria, encontram no trabalho industrial; na agricultura, produzindo milho, batata, vinho, fruta, nas terras banhadas pelo rio Dinha, afluente do Dão; na construção civil e no comércio a base de suporte da sua economia.
O orago da freguesia é o Divino Salvador, celebrado anualmente no início de Agosto.
Do passado da freguesia pouco se sabe mas, durante a remodelação da Igreja de S. Salvador, foi descoberta uma árula que conservava ainda hoje, duas linhas de inscrição primitiva, que deve datar dos finais do século I ou inícios do II, remontando a origem desta povoação pelo menos até à ocupação Romana. A mais antiga documentação escrita relativa a Mosteiro de Fráguas data de 1111 e é uma carta ou escritura de venda, na qual D. Goda Eitaz vende ao Bispo de Coimbra, D. Gonçalo, a sua parte na "villa" de Fráguas com a de seu irmão Eita, de 1129 existe uma outra carta de venda de uma herdade em "Fravegas", feita por Pedro Leovigildo e demais familiares a D. Bernardo, Bispo de Coimbra, junto ao Mosteiro de S. Salvador, "abaixo do Monte Alcoba, rerritório de Coimbra". Nas Inquirições de 1258 aparecem várias referências ao "monasterio quod vocatur de Fravegas" e, nas de 1288 aparece também a "parochia Sancti Salvatoris de Fravegas". Da análise das Inquirições de 1258 deduz-se que a terra não era privilegiada e imune, apesar da existência do "Mosteiro". Os homens do Mosteiro pagavam voz e coima e quando convocados, deviam desloca-se ao "concilium" a Molelos, sob pena de poderem comparecer a juízo. Mosteiro de Fráguas foi da apresentação do Bispo, no antigo concelho de Besteiros. Nas Inquirições de D. Afonso III é referido que D. Pedro, Bispo de Viseu, se apodera da igreja pela força. No século XIV à semelhança do que aconteceu noutras freguesias da região, começaram a surgir os grandes donatérios: D. Henrique Manuel de Vilhena, Conde de Seia, Martin Vasques da Cunha, o Infante D. Henrique e D. Manuel de Vilhena, conde de Beja e futuro D. Manuel I que, por sua vez a doou a D. Diogo Pereira, segundo Conde da Feira.
O lugar de Ribeiro tira a sua designação do Ribeiro do Dinha, que a estrada transpõe sobre uma ponte de forte pedraria, com dois grandes arcos e pilar de talhamar.
A igreja de Mosteiro de Fráguas é formada de uma só nave e possui um campanário, de feição arcaica, com recorte quadrangular onde se abrem duas sineiras debruadas a meia altura por cornija em volta, no seu interior existe um vasto conjunto de quadros, alguns deles do século XVII e XVIII, como é o caso do S. Pedro e o S. João Baptista.
Em Fráguas existe o solar dos Calheiros Bandeira, com fachadas de estilo rústico antigo, do seu terreiro ergue-se o padrão senhorial, símbolo dos antigos privilégios. Nele esteve refugiado Dom António, Prior do Crato, e foi ainda palco de vários outros momentos relevantes da nossa história. O imóvel é um edifício emblemático para a região, e isto por ser um espécime característico, bem conservado da arquitectura civil do Século XVIII é o monumento mais remoto da origem do apelido português Bandeira, e dessa antiga família originária da região, documentado que foi como solar de Gonçalo Pires Bandeira, Herói da Batalha do Toro (Ano de 1476), tem reconhecido valor como testemunho histórico identitário da antiga e medieval Terra de Besteiros.
O orago da freguesia é o Divino Salvador, celebrado anualmente no início de Agosto.
Do passado da freguesia pouco se sabe mas, durante a remodelação da Igreja de S. Salvador, foi descoberta uma árula que conservava ainda hoje, duas linhas de inscrição primitiva, que deve datar dos finais do século I ou inícios do II, remontando a origem desta povoação pelo menos até à ocupação Romana. A mais antiga documentação escrita relativa a Mosteiro de Fráguas data de 1111 e é uma carta ou escritura de venda, na qual D. Goda Eitaz vende ao Bispo de Coimbra, D. Gonçalo, a sua parte na "villa" de Fráguas com a de seu irmão Eita, de 1129 existe uma outra carta de venda de uma herdade em "Fravegas", feita por Pedro Leovigildo e demais familiares a D. Bernardo, Bispo de Coimbra, junto ao Mosteiro de S. Salvador, "abaixo do Monte Alcoba, rerritório de Coimbra". Nas Inquirições de 1258 aparecem várias referências ao "monasterio quod vocatur de Fravegas" e, nas de 1288 aparece também a "parochia Sancti Salvatoris de Fravegas". Da análise das Inquirições de 1258 deduz-se que a terra não era privilegiada e imune, apesar da existência do "Mosteiro". Os homens do Mosteiro pagavam voz e coima e quando convocados, deviam desloca-se ao "concilium" a Molelos, sob pena de poderem comparecer a juízo. Mosteiro de Fráguas foi da apresentação do Bispo, no antigo concelho de Besteiros. Nas Inquirições de D. Afonso III é referido que D. Pedro, Bispo de Viseu, se apodera da igreja pela força. No século XIV à semelhança do que aconteceu noutras freguesias da região, começaram a surgir os grandes donatérios: D. Henrique Manuel de Vilhena, Conde de Seia, Martin Vasques da Cunha, o Infante D. Henrique e D. Manuel de Vilhena, conde de Beja e futuro D. Manuel I que, por sua vez a doou a D. Diogo Pereira, segundo Conde da Feira.
O lugar de Ribeiro tira a sua designação do Ribeiro do Dinha, que a estrada transpõe sobre uma ponte de forte pedraria, com dois grandes arcos e pilar de talhamar.
A igreja de Mosteiro de Fráguas é formada de uma só nave e possui um campanário, de feição arcaica, com recorte quadrangular onde se abrem duas sineiras debruadas a meia altura por cornija em volta, no seu interior existe um vasto conjunto de quadros, alguns deles do século XVII e XVIII, como é o caso do S. Pedro e o S. João Baptista.
Em Fráguas existe o solar dos Calheiros Bandeira, com fachadas de estilo rústico antigo, do seu terreiro ergue-se o padrão senhorial, símbolo dos antigos privilégios. Nele esteve refugiado Dom António, Prior do Crato, e foi ainda palco de vários outros momentos relevantes da nossa história. O imóvel é um edifício emblemático para a região, e isto por ser um espécime característico, bem conservado da arquitectura civil do Século XVIII é o monumento mais remoto da origem do apelido português Bandeira, e dessa antiga família originária da região, documentado que foi como solar de Gonçalo Pires Bandeira, Herói da Batalha do Toro (Ano de 1476), tem reconhecido valor como testemunho histórico identitário da antiga e medieval Terra de Besteiros.